quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Porque evangelizar crianças?

1. Porque evangelizar crianças?

O ensino da Bíblia é bem claro ao mostrar o valor da criança no meio da Igreja. Ela é o centro das atenções, dos planos, das esperanças, etc., (Mt 23:7).
Em Provérbios 22.6 lemos: “Instrui o menino no caminho em deve andar e até quando envelhecer não se desviará dele”. A criança ensinada nos caminhos do Senhor terá um padrão de vida exemplar. Ficará sempre convicta que tudo depende de Deus; de que a oração é um fator indispensável para manter a comunhão com Deus e obter dele a direção certa para sua vida.
Na Bíblia encontramos grandes heróis da fé, que desde o berço foram instruídos nos caminhos do Senhor e, quando adultos, foram verdadeiros vasos de bênçãos nas mãos de Deus. Vejamos alguns:

1.1. Moises

Desde pequeno recebeu ensinamentos de sua mãe, Joquebede (Ex. 2.9). Mais tarde foi levado para o palácio de Faraó no Egito, sendo adotado como filho, pela filha de Faraó (Ex 2.10). Quando adulto, “recusou ser chamado filho da filha de Faraó” (Hb 11.24), isto é, recusou a posição de futuro governador bem com os “tesouros do Egito” (Hb 11.26). Escolheu antes “ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado” (Hb 12.25), e ficou neste propósito “como vendo o invisível” (Hb 12.27). Donde lhe veio toda esta convicção e firmeza? Certamente dos ensinamentos recebidos de sua mãe, quando criança.

1.2. Samuel
Como resultado do voto que fizera, Ana concebeu Samuel (1 Sm 1.20). Após ser desmamado, sua mãe o levou para a casa de Deus e ali o deixou para servir a Deus (1 Sm 1.28). Em sua juventude pôde ouvir a voz de Deus (1 Sm 3.8-10), e o “Senhor era com ele; e nenhuma de todas as suas palavras deixou de cair em terra” (1 Sm 3.19). Foi um dos maiores juizes que Israel já teve, e consta na relação dos heróis da fé (Hb 11.32,33). Donde veio a forca que o impulsionou durante toda a sua vida? Certamente muita influência ele recebeu quando ainda era criança.

1.3.Timóteo
Desde a sua meninice, ele já sabia “as sagradas letras” (2 Tm 3.15), que ele havia aprendido de sua mãe Eunice e esta, por sua vez, de sua mãe, Lóide (2 Tm 1.5). Tinha bom testemunho (At 16 1.2). Teve uma atuação muito grande nas viagens missionárias do apostolo Paulo (At 16.1,2; 19.24; 1 Ts 3.2). Foi um dos grandes instrumentos de Deus nos dias da Igreja Primitiva. Certamente o que ouvira quando criança dava – lhe uma sólida coragem para enfrentar a dura peleja para a propagação do evangelho e das boas novas de salvação.

1.4.Davi
Desde sua juventude já servia a Deus, agradando – o a ponto de ser escolhido por Deus para ser Rei de Israel (1 Sm 16.1). Foi ungido por Deus (Sl 89.20), e tornou – se um dos maiores reis de Israel, tendo sido usado por Deus de uma maneira tão poderosa como poucos foram.
É um tipo de nosso Senhor Jesus Cristo. Qual teria sido o segredo de tantas vitórias alcançadas? Deus era com ele desde sua juventude (1 Sm 16.13-18). Certamente aprendeu a servir a Deus, desde criança, pois o pai israelita ensinava a seus filhos a lei do Senhor (Dt 6.6,7).

1.5.Daniel e seus companheiros Ananias, Misael e Azarias.
Quando criança havia sido ensinada na maneira correta de servir a Deus.
Quando foram levados cativos para Babilônia, foi – lhes oferecido comer do manjar do rei Nabucodonozor. Porém, Daniel “assentou no seu coração não se contaminar da porção do manjar do rei...” (Dn 1.8), pois havia aprendido que a lei de Deus proibia comer tais comidas, pois eram oferecidas aos deuses de Babilônia (Dt 32.38; Sl 106.28; 141.4; Os 9.3).
Por isso ele dominou suas necessidades vitais, comendo verduras e bebendo água (Dn 1.12).
Os três moços, quando foram lançados na fornalha de fogo ardente, caso não se prostrassem diante da grande imagem que o rei havia mandado erguer, eles decisivamente recusaram, e Deus os guardou de uma maneira poderosa (Dn 3.12,25).
Eles haviam aprendido na lei do Senhor a proibição de prostrar – se diante de imagens (Ex 20.4,5; 23.24).
Donde teriam vindo tais convicções, a ponto de esses moços colocarem suas vidas em risco, mas não ultrapassarem os ensinos bíblicos? Quando crianças haviam aprendido a lei de Deus, e isto lhes davam uma certeza inabalável da presença de Deus com eles.
Quando Jesus ordenou aos seus discípulos e também a nós o “ide a todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15), ele não estava se dirigindo somente para criatura adulta, mas a toda a criatura sem exceção, tanto crianças, adolescentes jovens e adultos.
As palavras de Jesus aos sues discípulos a respeito da criança mostra – nos varias lições. Vejamos algumas:

Ø Uma ordem e uma promessa (Mt 18.5; Mc 9.37);
Ø Um fato e uma advertência (Mt 18.6; Jo 3.16; At 16.31).

Jesus nos adverte em suas palavras a não levar a criança a tropeçar:

Ø Através de um mau exemplo;
Ø Através de um ensinamento errado;
Ø Através de uma atitude errada (ex.: duvidas a respeito da decisão da criança em aceitar a Cristo).
Ø Ensinos sobre os escândalos (Mt 18.7-9)
Ø Um aviso e um fato: - não desprezar as crianças, nem uma sequer; o próprio Deus nas as despreza (Hb 1.13,14).
Ø Uma história: ex.: a parábola da ovelha perdida, o Senhor Jesus ensina três verdades ás crianças:

§ Que elas estão perdidas;
§ A importância que elas têem, e devemos busca – las no mundo;
§ É nossa responsabilidade seguir o seu exemplo.

Ø Um alvo (Mt 18.4): à vontade de Deus é que nenhuma criança se perca. A responsabilidade é levar – lhes a mensagem da salvação.

2. A criança é possuidora de um coração puro.
A casa ainda não fora manchada nem danificada. É um campo assim que Jesus deve ser introduzido. “Quando Jesus expirou na cruz, Ele foi colocado num sepulcro novo, em que ainda ninguém havia sido posto” (Jo 19.41). Antes que Satanás venha usar a casa, colocando a sua nefasta “mobília” como: prostituição, lascívia, dissensões, inimizade, porfias, homicídios, bebedices, iras, pelejas, heresias, invejas, etc... (Gn 15.19-21); sim, antes de o inimigo trabalhar, nós devemos antecipar – lhe levando Jesus a esses corações tão tenros, que ainda não tem condições de discernir entre o bem e o mal.

3. Vamos ganha-las?
Antes que elas venham a serem entregues á sua própria sorte, e cresçam com idéias errôneas sobre Deus, que seja, obtida por um colega também mal – informado, ou pelas seitas e falsas religiões que hoje esta infestando o mundo com suas heresias. E é curioso notar como os adeptos de tais grupos religiosos empregam grande esforço no sentido de conquistar as crianças para seus movimentos heréticos, ensinando – lhes conceitos errados que se chocam com a sã doutrina. Infelizmente os seus grandes alvos são as crianças.
Desde de cedo já nas veredas tortuosas, algumas delas até envolvidas em praticas demoníacas, e algumas até sacrificadas (2 Co 28.3; 2 Rs 23.10). Outras com suas personalidades deformadas pelo que prenderam. Quem poderá salvá – las desta situação a que estão presas? Quem poderá lhes ensinar o verdadeiro caminho? Somente nós, salvos do Senhor Jesus Cristo. Muitas das vezes no olhar inocente de uma criança envolvida pelo mal, vemos como que a súplica de alguém que quer conhecer a verdade. É o clamor de uma alma pelo “pão” verdadeiro, porém estão recebendo pedra em lugar de pão. É o clamor da alma por “peixe”; porém estão recebendo “serpente” em lugar de “peixe” (Mt 9.10.11). É o que as falsas doutrinas estão fazendo com seus adeptos, e entre eles, as crianças.
Mas os salvos têm sentimento e amor de Deus nos corações, e seu alvo é que as crianças vivam e não morram, sendo seu comportamento idêntico á da verdadeira mãe (1 Rs 3.16-27).
As doutrinas falsas querem dar veneno ás crianças, porém, vamos levar – lhes a “farinha” da palavra de Deus e o veneno cessará ( 2 Rs 3.38 – 41). Nosso dever como professores evangelistas é chegar primeiro, ao coração das crianças, do que essas seitas.

4. A criança é uma flor nova.
Há flores novas e velhas. Quando uma criança é salva, uma vida toda é salva. Quando um ancião ou adulto é salvo, apenas uma alma é salva, pois que a vida já foi gasta, corroída tal qual as flores velhas já murchas, com as pétalas já prestes a cair. Que diria alguém ao ser presenteado com uma flor murcha? Certamente agradeceria, porém muito mais grado ficaria se lhe tivessem dado um ramo de flores novas, viçosas e frescas.

5. A colheita é certa e cheias de frutos.
“Lança o eu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharas” (Ec 11.1).
Todo tempo que empregamos para evangelizar uma criança nunca será perdido, pois partindo de um princípio sadio, elas assim continuarão por toda vida.
Um certo pensador disse: “Para mudar o mundo precisa mudar os homens”.
Porém de pouco adianta concentrar os esforços somente nos adultos, no sentido de que sejam transformados. É necessário concentrar todos os esforços na base do edifício. Edifício bem construído resiste séculos. De igual modo à educação e principalmente o conhecimento de Deus deve começar na infância para que o “edifício” espiritual seja resistente.
Segundo o Pastor Carlos Batista, responsável pelo Projeto “Cada criança uma família”, a criança é o melhor evangelista, porque fala naquilo que acredita plenamente. Através dela pretende – se chegar até ás pessoas que não tiveram a oportunidade de conhecer uma igreja. Acredita que a criança levará a mensagem para sua casa. Por isso incentiva a falarem de Jesus aos seus pais. O Pastor acrescenta ainda que “a criança não precisa de religião. Ela precisa de educação. Quando crescer, escolherá o que quer”.
Já para a coordenadora, Shirley Cardoso Chalaça, do CEVI (Curso de Evangelismo Infantil – Cordovil/ RJ), diz que: “investir nas crianças é planejar com antecedência as bases da sociedade”. Segundo ela o retorno é certo. “Se tivermos crianças bem instruídas, conseqüentemente, também teremos bons obreiros amanhã”.

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